Em ato solene Parlamento presta homenagem aos 60 anos da profissão de Administrador

Alesc

O Parlamento catarinense realizou, nesta quarta-feira (24), no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, em Florianópolis, uma sessão solene em homenagem aos 60 anos da profissão de Administrador. A iniciativa, proposta pelo deputado Rodrigo Minotto (PDT), destacou 24 personalidades e instituições que contribuíram para a consolidação da categoria em Santa Catarina.

Participaram da mesa de autoridades, além do deputado Rodrigo Minotto, que conduziu a solenidade, o presidente do Conselho Regional de Administração de Santa Catarina (CRA-SC), João Luiz Merini Moser, e a ex-presidente da entidade (1989 a 1993), Evanir Dário. Também estiveram presentes lideranças do setor, administradores, docentes de cursos de Administração de universidades como Udesc, Univille e UFSC, além de familiares, amigos e populares.

Para o deputado Rodrigo Minotto, o momento foi especial por celebrar a importância da categoria para o desenvolvimento do país ao longo de seis décadas. “É uma alegria prestar essa homenagem ao administrador que, em 60 anos, ajudou a construir a história de nosso país e de nosso Estado” — destacou o parlamentar, que é administrador por formação.

Em nome dos homenageados, a ex-presidente e administradora Evanir Dário afirmou que a categoria recebeu a homenagem com muita honra: “Hoje é um dia de celebração e de festa para todos nós que, ao longo de 60 anos de história, lutamos para consolidar a nossa profissão. Hoje o profissional de Administração é reconhecido e valorizado. O administrador é um agente essencial para o desenvolvimento do país.”

Ela ressaltou ainda o legado da profissão: “Foi uma história construída a muitas mãos, fruto de uma mobilização nacional que resultou na Lei nº 4.769, que instituiu a profissão e determinou que apenas bacharéis em Administração Pública ou de Empresas, formados em cursos reconhecidos, poderiam exercer a atividade.”

Administração no Brasil: de cursos recentes à regulamentação da profissão
Enquanto os Estados Unidos já formavam administradores no século XIX, o Brasil só começou a estruturar seus cursos a partir da década de 1940. A regulamentação da carreira veio em 1965 e impulsionou a expansão da área no país.

Primeiros passos
A história dos cursos de Administração no Brasil é relativamente curta. Diferentemente dos Estados Unidos, que em 1881 já ofereciam formações específicas na área, o país só começou a investir nesse campo na década de 1940, quando cresceu a necessidade de mão de obra qualificada para acompanhar o processo de industrialização em curso desde os anos 1930.

O marco de 1945
O ponto de partida ocorreu em 1945, com a criação dos cursos universitários de Ciências Contábeis e Ciências Econômicas. Naquele momento, tanto o setor público quanto o privado demandavam gestores com conhecimentos mais especializados, o que levou esses cursos a se tornarem mais técnicos e menos genéricos.

Referências nacionais
Instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Faculdade de Economia e Administração da USP desempenharam papel central nessa trajetória. Elas se consolidaram como polos de ensino e pesquisa em Administração e Economia, além de contribuírem diretamente para o desenvolvimento econômico do país.

Regulamentação da profissão
A consolidação da carreira de administrador veio apenas na década de 1960. Em 9 de setembro de 1965, a Lei 4.769 regulamentou a profissão e determinou que apenas bacharéis em Administração Pública ou de Empresas, formados em cursos reconhecidos, poderiam exercer a atividade.

Expansão e fortalecimento
Com a regulamentação, o campo de trabalho se ampliou e os cursos de Administração se expandiram rapidamente em todo o Brasil, fortalecendo de vez a profissão.

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