Policia
Vítimas do esquema de golpes de um empresário criciumense se dividem em diversas cidades do Sul
A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), por meio da sua unidade de Tubarão, concluiu o inquérito policial que investiga uma série de estelionatos que foram praticados contra comerciantes de diversas cidades da Região Sul do estado. A apuração da Operação Hot Wheels indicou que os delitos foram praticados por uma associação criminosa composta por um empresário criciumense, apontado como líder e já preso, um contador e uma terceira pessoa que cedeu seus dados, mediante pagamentos. Os golpes chegaram a gerar prejuízos milionários para algumas vítimas, envolvendo a venda de carros, em sua maioria de luxo.
Atuação
A conclusão da investigação e encaminhamento do inquérito para Justiça foi confirmada ontem pelo delegado responsável, após onze meses de trabalho policial. Essas apurações iniciaram após diversos Boletins de Ocorrência de vítimas que informaram que um empresário de Criciúma comprou diversos carros com cheques sem fundo desde o ano de 2023 até fevereiro de 2024.
Os carros eram repassados pelo investigado, sobretudo, para garagistas da região, que realizavam pagamento dos veículos por PIX em contas vinculadas às empresas do qual o investigado dizia ser sócio, mas estavam em nome de laranjas. Tubarão, Jaguaruna, Araranguá, Sombrio, Criciúma e Maracajá foram palcos de cumprimentos de mandados durante a operação, o que resultou em 15 carros, a maioria de luxo, apreendidos.
Crimes
Durante o inquérito foram apreendidos dinheiro e bens dos envolvidos, os quais podem ser alienados para garantir parte do ressarcimento das vítimas. Os investigados foram indiciados pela prática dos crimes de estelionato 11 vezes, falsidade ideológica três vezes, lavagem de dinheiro e associação criminosa, todos perpetrados em concurso material.
Líder do grupo teve a prisão preventiva decretada
A Polícia também apontou que há indícios de que associação criminosa emitiu mais de quinhentas notas fiscais falsas, o que permitiu que emitissem mais de dez milhões em duplicatas simuladas, gerando prejuízos a diversas “factorings”. Esse grupo, inclusive, praticava crimes de maneira reiterada desde 2018, em várias cidades do sul de Santa Catarina, tendo causado prejuízos a várias pessoas em valores milionários.
Para interromper a reiteração criminosa, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do Líder da Associação Criminosa, que foi decretada. Vale ressaltar, no entanto, que o empresário já estava detido temporariamente desde que foi encontrado em Balneário Rincão. Os outros dois integrantes da associação foram indiciados e responderão criminalmente.
Fonte: Policia Civil Santa Catarina
Foto: Policia Civil Santa Catarina